sexta-feira, 27 de março de 2020

Militares de navio da Marinha estão com o novo coronavírus


Pelo menos dois tripulantes de um navio da Marinha brasileira que atracou na segunda-feira, 23, no Complexo Naval da Ilha de Mocanguê, em Niterói (Região Metropolitana do Rio), estão infectados com o coronavírus, segundo nota da Marinha. 

Eles apresentam sintomas leves, com evolução clínica satisfatória, e permanecem em isolamento domiciliar, sem necessidade de internação, diz a Marinha.


Outros três tripulantes do navio Almirante Saboia, conhecido como G-25, fizeram testes para identificar o vírus, e dois tiveram resultado negativo. O teste do terceiro ainda não está pronto, diz a Marinha.


Em caráter preventivo, outros 36 tripulantes também estão cumprindo isolamento domiciliar, por recomendação médica, após terem apresentado algum sintoma de gripe, ainda que leve. Todos os 41 tripulantes estão sendo monitorados, segundo os protocolos dos Ministérios da Saúde e da Defesa.


O navio de desembarque de carros de combate Almirante Saboia saiu do Rio de Janeiro no último dia 10, rumo à Estação Naval do Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Antes, parou por quatro dias (de 13 a 16 de março) em Itajaí (SC), onde foi visitado por cerca de 200 alunos da Escola de Aprendizes Marinheiros de Santa Catarina, de Florianópolis, e onde houve entrada e saída de tripulantes.


O navio chegou ao Rio Grande no dia 18 e iniciou a viagem de volta ao Rio de Janeiro no dia 19. No dia 21, a embarcação parou em Santos, mas não houve desembarque. Em seguida, passaram dois dias em alto mar e atracaram na Ilha do Mocanguê no dia 23.


Segundo tripulantes narraram em redes sociais, os problemas de saúde começaram no dia 18, e aqueles que se sentiram mal foram afastados das funções.


Em nota, a Marinha afirmou que “medidas de descontaminação estão sendo realizadas com o apoio da Companhia de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha, de modo a manter a sua plena capacidade de emprego”, e “quanto ao cumprimento do expediente a bordo, várias medidas vêm sendo adotadas para evitar a concentração de pessoal, como o licenciamento diário de parte da tripulação, flexibilização do horário de expediente, ampliação do horário de refeições, permitindo a divisão dos comensais em grupos menores”.

sábado, 26 de janeiro de 2019

Marinha envia fuzileiros navais e helicóptero para apoiar resgate em Brumadinho



A Marinha acionou tropa, em terra e no ar para a tragédia que ocorreu em Brumadinho-MG e que abalou todo o Brasil onde uma barragem veio a provocar a morte de mais de 150 pessoas habitantes de Brumadinho.

Fuzileiros Navais da Força de Fuzileiros da Esquadra finalizam as preparações em Duque de Caxias-RJ, ficando em condições de iniciar deslocamento terrestre rumo a Brumadinho-MG, preparados para atuar nas operações de transporte, busca e resgate na região atingida pelo rompimento da barragem.


A aeronave decolou da base Aérea Naval de São pedro da Aldeia(BAeNSPA) na manhã deste sábado o UH-15 decolou em direção a Brumadinho transportando Militares da FFE.




O Ministério da Defesa está analisando imagens de satélite de alta resolução da área para fornecer dados sobre os impactos da tragédia.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Previdência: comandante da Marinha pede ‘cuidado’ em discussão de idade mínima para militares

Comandante da Marinha, Ilques Barbosa Junior, assumiu o cargo nesta quarta | Foto: José Cruz / Agência Brasil / CP


BRASÍLIA – O novo comandante da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior, afirmou que é preciso “cuidado” para se debater a fixação de uma idade mínima para a aposentadoria de militares. Ele observou que os profissionais das Forças Armadas precisam ter capacidade física que os permita entrar em combate e que isso precisa ser levado em discussão.


Ele observou ser necessário ter “higidez física” para os trabalhos das Forças Armadas e citou as ações de Garantia de Lei e da Ordem como exemplos dessa necessidade. Ressaltou que as negociações serão conduzidas pela pasta da Defesa. Ilques ressaltou que os militares “não têm previdência”, mas um “sistema de proteção social” após deixar a ativa.


– A posição da Marinha é a do ministro da Defesa. Nós não temos previdência, temos um sistema de proteção social dos militares. É impróprio mencionar a palavra previdência, do ponto de vista técnico. Nós somos da ativa, da reserva e reformados. Mas esse trabalho vem sendo feito pela Defesa.


Ele afirmou que um desafio das Forças Armadas é de capacitação de pessoal. Ilques destacou o advento das novas tecnologias e as necessidades criadas por elas no cotidiano.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Previdência caminha para incluir militares em novas regras



A reforma da Previdência se encaminha para incluir militares, segundo a Folha apurou. Um número cada vez maior de membros do governo Jair Bolsonaro oriundos das Forças Armadas tem expressado concordância com a proposta. A via de convencimento tem sido o mote “liderar pelo exemplo”, frase cara a Bolsonaro —aliás, citada pelo mandatário em seu primeiro discurso fora do Brasil, durante o Fórum Econômico Mundial nesta terça-feira (22), em Davos, na Suíça.

“Queremos governar pelo exemplo e queremos que o mundo restabeleça a confiança que sempre teve em nós”, disse.
Não se trataria apenas de retórica de Bolsonaro. Três pessoas da comitiva relataram que, durante a viagem do Brasil para a Suíça, o presidente, apesar do desconforto por usar uma bolsa intestinal, recusou-se a se deitar na única cama do avião. Se todos dormiriam em uma poltrona, ele não poderia viajar com mais conforto, alegou. Um comandante não abandona a sua tropa, tem de dar o exemplo, repetiu ele.


O mesmo raciocínio estaria por trás da inclusão de militares na reforma da Previdência. O tema vem sendo discutido internamente no governo, mas também nessa área não há detalhes, principalmente de qual seria o período de transição para quem já está no serviço militar.


O presidente interino Hamilton Mourão tem apoiado publicamente o aumento do tempo de permanência na ativa de 30 para 35 anos. Na segunda-feira (21), ele defendeu também o recolhimento da contribuição de 11% sobre a pensão recebida por viúvas de militares.


As duas iniciativas seriam benéficas para o país, segundo o general e vice-presidente, para quem seus pares não seriam refratários a elas. Para Mourão, são necessárias regras de mudança para o novo regime de Previdência.


Nesta terça-feira, em Davos, Bolsonaro disse que vai divulgar detalhes da reforma da Previdência assim que se recuperar da cirurgia marcada para a próxima segundafeira (28). Ele vai retirar a bolsa.


Para o mandatário, segundo interlocutores na comitiva presidencial, Paulo Guedes (Economia) poderia dar as informações, mas o próprio ministro prefere um anúncio com a presença do presidente.


Em reunião fechada com presidentes de empresas, paralela à programação do Fórum, Bolsonaro afirmou que pretende enviar a reforma em seguida ao Congresso Nacional, segundo executivos de grandes companhias presentes.
O encontro com cerca de 30 executivos foi realizado pouco após seu discurso. Estavam presentes presidentes do Bank of America, Brian Moynihan, e o da Salesforce, Mark Benioff —parte da plateia se frustrou com a ausência de detalhes sobre a reforma da Previdência.


A reação dos executivos, porém, foi descrita como “muito positiva” por esse participante, embora tenham notado que o presidente ainda precisa passar da palavra à ação.


O discurso na plenária do Fórum também não empolgou investidores, justamente por não aprofundar seus planos para as reformas consideradas cruciais para estimular a retomada do crescimento econômico.


O economista-chefe da consultoria IHS Markit, Nariman Behravesh, resumiu a sensação no ar: “Minha primeira reação foi que o discurso era muito curto. Nesses poucos minutos, ele deixou muito claro que adotaria uma agenda pró-negócios, incluindo baixar a carga tributária, reduzir a regulamentação e lidar com a corrupção”, disse.

“Como muitos líderes fizeram no passado, ele fez um aceno para que os líderes globais de negócios invistam no Brasil.

Colaboraram Luciana Coelho e Lucas Neves

sábado, 19 de janeiro de 2019

Fuzileiro naval morre de enfarte; Colegas culpam jornada exaustiva



Lotado no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, o soldado Miquéias Gabriel Ferreira (foto em destaque), 22 anos, morreu na noite da última quinta-feira (17/1). O militar sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu no Hospital Naval de Brasília. Colegas de farda afirmam que o rapaz se queixava de problemas de saúde e não resistiu à pesada jornada de trabalho, que aumentou desde o fim do ano passado.

Como mostrou o Metrópoles, praças que servem na mesma guarnição de Miquéias relataram estar submetidos, há mais um mês, a uma rotina extenuante, com jornadas de trabalho de mais de 30 horas seguidas, alimentação escassa e pouco tempo de descanso.

A morte do soldado comoveu os outros militares do grupamento. Segundo um deles, Miquéias já havia se queixado, em diversos momentos, de dores. “Nós, amigos dele, falamos para fazer exames, ir ao hospital. Mas ele tinha medo. Se alguém aqui reclama de dor ou da rotina, é taxado de militar ‘nutella’, de vagabundo. Vira chacota e é perseguido”, contou o homem, que, assim como outros praças ouvidos pela reportagem, pediu anonimato por temer represálias.

“Estamos revoltados e assustados com a morte do Miquéias. Estamos sendo esculachados e não temos para quem pedir socorro, pois sofremos sanções. O comando está acabando com a nossa saúde, nos levando à exaustão. E não podemos reclamar”, relatou outro fuzileiro entrevistado pelo Metrópoles.




Há cerca de um mês, as escalas foram alteradas para o modelo “um por um” na linguagem militar. O que significa, na prática, 30 horas consecutivas de trabalho – sendo 24 horas de “serviço” e seis do expediente regular. O intervalo entre elas é de 18 horas.

Antes da alteração nas escalas, os militares só faziam o plantão de 24 horas a cada três dias, o chamado “três por um”. Nos intervalos, trabalhavam apenas as seis horas do “expediente”, na linguagem da caserna.

Segundo relatos ouvidos pela reportagem, diante do cansaço dos praças, os comandantes do grupamento adotaram posturas ainda mais rígidas. “Quando assumimos o último serviço, perguntaram quem não tinha condições de trabalhar. Sete em um grupo de 20 levantaram a mão. Foram xingados na frente de todos, acusados de formação de motim e ameaçados de prisão”, contou um militar.


“Não tem saúde que aguente. Isso é escravidão. O excesso de trabalho está acabando com a gente. Não temos tempo de ir ao médico, fazer exames de rotina, de nos cuidar”, afirmou outro praça. Ele teme que outra fatalidade, como a de Miquéias, volte a se repetir.

Nascido em Januária, Minas Gerais, Miquéias não é o único fuzileiro da Marinha na família. O irmão mais velho, Bruno Ferreira Belém, também serviu no grupamento em Brasília. Acompanhado dos pais, ele veio à capital federal quando soube do óbito. A família ainda não definiu se o velório será aqui ou na cidade mineira. Nenhum parente de Miquéias quis falar sobre a morte do soldado ou as condições de trabalho às quais ele estava submetido.

Diferentes versões
Segundo os praças, Miquéias estava trabalhando, fazendo serviço de guarda, quando passou mal na última quinta-feira (17/1). “Ele foi na enfermaria do grupamento, mas não havia médico. Então, foi para casa. Piorou e foi para o Hospital Naval de Brasília, onde faleceu”, contou um colega.

Já a assessoria de imprensa do Comando do 7º Distrito Naval diz que Miquéias estava de licença médica. Em nota, a Marinha informou que, na última quarta-feira (16), “o militar procurou a enfermaria do Grupamento, no período matutino, relatando que no dia anterior havia ingerido uma ‘coxinha de frango’ e estava sentindo dores abdominais, solicitando um antiácido”.

Segundo o texto, “no mesmo dia, após ele ter sido licenciado, o militar, por meios próprios, buscou atendimento no Hospital Naval de Brasília, por volta das 18h40, onde foi atendido, medicado e liberado com as devidas orientações e prescrições médicas, recebendo, na oportunidade, uma dispensa domiciliar para repouso de dois dias corridos”.

A nota informa ainda que, na quinta-feira (17), por volta das 17h, “o militar regressou ao Hospital Naval de Brasília, ainda queixando-se de dores abdominais, sendo atendido no serviço de pronto-atendimento, onde foi novamente avaliado e medicado”. Foi quando, segundo a Marinha, o quadro de Miquéias piorou.


“Durante o período em que estava recebendo a medicação, o militar sofreu uma parada cardiorrespiratória, por volta das 18h40. Imediatamente, a equipe médica do hospital iniciou os procedimentos de reanimação, utilizando todos os recursos possíveis na tentativa de reversão do quadro”, completa o documento.

Ainda de acordo com a assessoria de imprensa do Comando do 7º Distrito Naval, “às 21h30, o militar teve seu óbito confirmado. Às 23h, o corpo do militar foi encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbito do Distrito Federal para necrópsia e apuração da causa da morte”.

A Marinha também informou que “está prestando todas as informações e apoio social, religioso e psicológico à família do militar”.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Força de Fuzileiros da Esquadra faz balanço de atuação na Intervenção Federal do Rio de Janeiro


 
Militares da Força de Fuzileiros da Esquadra patrulham a comunidade Chapéu Mangueira, no Leme
 
A Intervenção Federal no Rio de Janeiro chegou ao fim no dia 31 de dezembro de 2018. A Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE) fez um balanço de sua atuação no período das operações “Furacão”, iniciadas após o Decreto do então Presidente da República, Michel Temer, em 28 de julho de 2017, autorizando o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

A Força de Fuzileiros da Esquadra começou a atuar já na primeira edição da Operação “Furacão”, que ocorreu no período de 28 de julho a 2 de agosto de 2017, mobilizando militares da Força e 33 viaturas operativas, que fizeram patrulhamentos na orla carioca desde o bairro do Caju até São Conrado.

Já em 2018, foram realizadas 61 operações com tropas da FFE, incluindo os patrulhamentos permanentes sendo executados na Ilha do Fundão e nos bairros da Zona Sul do Rio, contemplando as comunidades da Babilônia, Chapéu Mangueira, Pavão Pavãozinho e Cantagalo, além da orla da cidade, desde o Boulevard Olímpico até o mirante do Leblon.

O Comandante da FFE, Vice-Almirante (FN) Paulo Martino Zuccaro, falou sobre o trabalho realizado durante as operações. “Atribuo o sucesso alcançado nas operações de GLO principalmente à qualidade absolutamente diferenciada de nosso Fuzileiro Naval como combatente e à liderança em todos os níveis no âmbito de nossos grupamentos, combinação que resultou na intimidação dos elementos adversos e na conquista do respeito das populações nas áreas onde operamos.”

A Operação “Furacão” teve como objetivo o combate à violência e ao crime organizado no Rio de Janeiro. Até o término da Intervenção Federal, ocorreram 234 edições da Operação “Furacão”, sendo 69 delas com a participação dos Fuzileiros Navais.
Militares da Força de Fuzileiros da Esquadra patrulham a comunidade do Cantagalo durante a Operação Furacão XCII

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

FUZILEIRO NAVAL SOFRE ACIDENTE E PRECISA DE AJUDA URGENTE

A imagem pode conter: 1 pessoa, atividades ao ar livre

ATENÇÃO MEUS AMIGOS E AMIGAS UM FUZILEIRO NAVAL PRECISA DE AJUDA URGENTE 



Esse é o Fuzileiro Naval Victor Alves,há uns dias atrás sofreu um acidente gravíssimo de moto e se encontra em coma, necessitando de 2 bolsas de sangue por dia. 

Está internado no Hospital Naval Marcílio Dias no Lins de Vasconcelos . Quem for do RJ e tiver como doar sangue de preferencia O+, AJUDE A SALVAR UMA VIDA.

COMPARTILHE GUARNIÇÃO DO RIO DE JANEIRO!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Fuzileiros navais de Brasília denunciam trabalho extenuante no Grupamento de Fuzileiros

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Integrantes de baixa patente da Marinha relatam jornadas de 30 horas, com 16 de descanso, sem alimentação adequada

A rotina de cerimônias militares na capital do país impôs dura jornada aos praças do Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília. Soldados, cabos e sargentos relatam expediente de trabalho de mais de 30 horas seguidas, com alimentação escassa e pouco tempo de descanso. Há cerca de um mês, as escalas foram alteradas para o modelo “um por um” na linguagem militar.


O que significa, na prática, 30 horas consecutivas de trabalho – sendo 24 horas de “serviço” e seis do expediente regular. O intervalo entre elas é de 18 horas.

Desde a mudança, esses integrantes da Marinha passaram a se apresentar no quartel às 8h. Às 10h, começam a cumprir serviços externos, só retornando ao grupamento às 10h do dia posterior. Na unidade militar, desempenham tarefas, como limpeza das instalações, até as 16h – quando não há trabalho extra. No dia seguinte, voltam às 8h para mais 30 horas de jornada.
A reportagem ouviu sete praças lotados no local. Todos denunciaram as condições, classificadas por eles de desumanas. Os militares pediram anonimato por medo de duras represálias.



Estamos esgotados fisicamente, mentalmente, mas ficamos calados. Não temos o que fazer. Qualquer deslize, somos presos e castigados. É trabalho escravo, desumano"Militar do Grupamento de Fuzileiros Navais do DF




E o serviço cotidiano tem sido ainda maior. Segundo os militares de baixa patente, eles são constantemente convocados, além do horário acordado, para cerimônias e eventos. Alguns relataram ao Metrópoles estarem há mais de cinco dias sem conseguir voltar para casa.


Antes da alteração nas escalas, os militares só faziam o plantão de 24 horas a cada três dias, o chamado “três por um”. Nos intervalos, trabalhavam apenas as seis horas do “expediente”, na linguagem da caserna.

Além da rotina extenuante, os praças reclamam da qualidade da comida oferecida pelo Grupamento. A posse do novo comandante da Marinha, que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PSL), na última quarta-feira (9/1), foi um dos momentos mais críticos para os marinheiros de baixa patente.


Escalados para participar da cerimônia e fazer o controle do trânsito nas proximidades do Clube Naval e do Ministério da Defesa, os militares assumiram os postos às 7h e só retornaram ao quartel, sem comida, às 15h30. No rancho, foram oferecidos a eles apenas arroz e feijão.


Confira:



Após o almoço, eles cumpriram o expediente fazendo faxina nas dependências da unidade militar até as 20h. Militares ouvidos pela reportagem disseram que alguns reclamaram da situação e foram chamados de “vagabundos” e “lesadores” pelos superiores.



O Metrópoles teve acesso a mensagens de um dos comandantes da unidade militar aos praças. Em um primeiro texto, do dia 28 de dezembro, ele reconhece que a “rotina não está fácil”.



No dia 5 de janeiro, foi informado aos soldados, cabos e sargentos que o “comando está ciente da quebradeira” e que está tentando “coordenar rotinas aliviadas, licenças e afins”. A previsão dada era de que as escalas voltariam ao normal em 4 de janeiro, o que não ocorreu.


Na última terça-feira (8), o discurso foi semelhante. E o comandante fez um alerta: “Apesar das diversas cerimônias, cuidar do apuro nos uniformes. Evitar cadeia desnecessária”. Segundo praças ouvidos pela reportagem, muitos militares foram advertidos por conta do estado das fardas, já que não conseguem voltar para casa.


Confira as mensagens:








O Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília conta com cerca de 200 soldados, cabos e sargentos. Apesar do cansaço, eles dizem temer questionar as ordens dos oficiais ou denunciar a situação.

“Quem não obedece é marcado, fica sendo chamado de vagabundo e recebe ainda mais tarefas como punição”, contou um dos praças ouvidos pelo Metrópoles.




outro lado


Por meio de nota, o Comando do 7º Distrito Naval, responsável pelo Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, informou que “tem como prioridade a manutenção das boas condições de trabalho dos militares”, mas ponderou que “a carreira militar, conforme prevê o Estatuto dos Militares, é pautada pela abnegação e espírito de sacrifício”.


Segundo o texto, as escalas foram alteradas para todas as graduações, mas apenas os soldados passaram a trabalhar no esquema “um por um”. “Devido à realização de operação e cerimônias militares, bem como em decorrência das movimentações para outros estados da Federação”, informou a nota.


“Apesar da escala um por um ser evitada, esse procedimento não contraria as normas vigentes desta Força, conforme consta na Ordenança Geral para o Serviço da Armada, norma da Marinha do Brasil que regulamenta os serviços internos das organizações militares”, completa a nota.



O documento diz ainda que, “em relação às tarefas extras após o horário de trabalho, a carreira militar, conforme prevê o Estatuto dos Militares, é pautada pela abnegação e espírito de sacrifício. Os militares têm dedicação exclusiva ao serviço e devem estar disponíveis diuturnamente. Em virtude dos preparativos para operação e cerimônias, pode ocorrer, de maneira episódica e por imposição da


missão a ser cumprida, a necessidade de exercer tarefas após o expediente”.


Sobre a alimentação, o Comando nega ter oferecido apenas arroz e feijão. “Alguns militares almoçaram após o horário previsto, em virtude da participação em tarefas realizadas fora daquele aquartelamento. Nesses casos, foram oferecidos lanches aos militares envolvidos, não ocorrendo intervalo de 20 horas sem alimentação.”

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Marinha realiza formatura de cursos do Corpo de Fuzileiros Navais, incorpora novas viaturas anfíbias


              

O Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC) realizou, no dia 18 de dezembro, a cerimônia de formatura de diversos cursos conduzidos pela Organização Militarno ano de 2018. Presidida pelo Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, a cerimônia marcou a conclusão do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais, do Curso Especial de Comandos Anfíbios, do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos e do Curso de Especialização, totalizando quase 1.000 formandos.

Na ocasião, também ocorreu a formatura do 1º Estágio de Operações de Paz para Mulheres realizado no Brasil. A iniciativa pioneira é resultado da parceria entre a Marinha do Brasil e a Organização das Nações Unidas (representada pelo Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil – UNIC Rio) e visa a contribuir para que o Brasil possa atingir as metas de significativa ampliação da participação feminina em operações de manutenção da paz estabelecidas pela ONU.

Um dos pontos altos da cerimônia foi a premiação dos primeiros colocados dos cursos, assim como dos alunos que se destacaram pela liderança. Diversas organizações militares e instituições civis ofertaram prêmios, entre elas a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, que ofertou uma bolsa de estudos integral para curso de graduação ao primeiro colocado do Curso de Aperfeiçoamento de Infantaria, o Terceiro-Sargento Cleydson Jorge Bastos Cavalcanti. A Universidade Estácio de Sá ofereceu duas bolsas de estudos para cursos de pós-graduação ao primeiro e segundo colocados do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, o CT (FN) Luis Antonio Batista Travessa e o CT (FN) Rodrigo Vaitzel de Andrade. Também ofertaram prêmios a POUPEX e a CBC.

O evento marcou, ainda, a apresentação dos cinco exemplares dos mais novos meios operativos incorporados ao CFN: 23 Carros Lagarta Anfíbio (CLAnf). A aquisição dos novos CLAnf, viaturas blindadas anfíbias, no padrão Reliability, Availability, Maintainability/Rebuildto Standard (RAM/RS), é fruto de contrato assinado entre a Marinha do Brasil e a Marinha dos Estados Unidos da América.

Após a formatura, com a participação do Ministro do Esporte, Leandro Cruz Froes da Silva, foi inaugurado o prédio do Programa Forças no Esporte do CIASC (PROFESP-CIASC), construído com recursos do programa desenvolvido pelo Ministério da Defesa, com o apoio das Forças Armadas, e em parceria com os Ministérios do Esporte, da Educação e do Desenvolvimento Social e da Secretaria Nacional de Juventude. As novas instalações contarão com vestiários e seis salas de aula, dentre elas uma sala de lutas, uma sala de leitura, um laboratório de inglês e um de informática, e permitirão ampliar ainda mais a atuação do PROFESP no CIASC, que já atende hoje a 512 crianças e adolescentes, de 10 a 18 anos, oriundas de 20 comunidades da Ilha do Governador.

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